UMA CLASSE POUCO CONHECIDA: as classes hospitalares
Autor: Tyara Carvalho de Oliveira
No contexto atual não cabe falar apenas de escola inclusiva, mas, sim, de sociedade inclusiva. Um dado no mínimo curioso a ser acrescentado diz respeito ao desconhecimento por parte dos alunos do Curso de Pedagogia a respeito de algumas modalidades da Educação Inclusiva. Esse trabalho torna-se relevante na medida em que essa modalidade de educação ainda é pouco conhecida, inclusive nos meios educacionais e da saúde. Esse desconhecimento provoca equívocos tanto por parte das famílias cujos filhos precisam ficar hospitalizados por algum tempo, e mesmo em termos do atendimento pedagógico a ser oferecido. Assim, passa a ser um desafio, inclusive para os cursos de formação de professores em termos da difusão da informação e mesmo de uma formação que inclua esse campo de atendimento educacional. O atendimento pedagógico hospitalar, denominado Classe Hospitalar, é uma dessas modalidades “desconhecidas”. O estar hospitalizado já caracteriza a criança e/ou adolescente como portador de necessidades especiais independentemente que essa necessidade seja temporária ou permanente. A criança e/ou adolescente é um cidadão que tem o direito ao atendimento de suas necessidades e interesses mesmo quando está doente. Em termos da prática pedagógica da classe hospitalar, esta implica interligações dos diversos aspectos de sua realidade (a criança, a patologia, os pais, os profissionais da saúde, o professor) com a realidade fora do hospital (Fonseca, 2003). Tal prática implica, inclusive, maior atenção dos Cursos de Formação de Professores quanto às possibilidades de atuação e formação que emergem das demandas mais amplas da sociedade. As demandas da sociedade transformam-se, necessariamente, em demandas de formação.
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